Aprendendo com erros
Acho que o grande dom do ser humano é o fato de poder aprender com
seus próprios erros.
Já dizia o adágio, errar é humano, persistir no erro...
Muito me chamou a atenção um artigo de jornal cujo título era, me valha a
memória, "O ensino emburrece". Nele comentava-se que os alunos
de séries escolares iniciais tinham uma mente mais ativa e mais preparada
para resolver problemas que alunos de séries mais adiantadas.
Então o autor defendia a tese de que o ensino, em muitos casos,
mutila o aluno, reduzindo sua autoconfiança e limitando seu poder
de criação.
No ensino antigo, que deixou muitos efeitos ainda hoje, o erro é visto
como pecado e deve ser punido. Errou o acento, dois pontos a menos
na nota final.
Este modo de proceder cria um clima de medo e tolhe os alunos.
Para eles passa a ser melhor escrever uma palavra simples ("camelos") que arriscar uma mais complexa e precisa
("cáfila", por exemplo ;-), mas que pode gerar um erro e uma punição.
Claro que isto tem mudado ao longo dos anos, mesmo porque a ciência
tem se desenvolvido e dogmas têm caído. Hoje os jovens têm maior
liberdade para questionar pontos passados em aula, mas no fundo
tal liberdade ainda é incipiente, e ainda há muito medo.
O Logo é muito interessante para evitar que o medo de errar tome
conta do aluno. A nova postura passa a ser:

Um novo jeito de agir! Nele o erro é parte do processo de aprendizagem e sempre existe.
Assim, todo o processo de construção mental passa a ser espelhado no
desenho realizado pela tartaruga, um processo não mais de acertos,
mas sim um processo de
evolução, de melhoria, de aprimoramento - cada vez melhor, cada
vez mais bonito. Não há mais obras acabadas, sempre possuem
erros e sempre estão ficando melhores.

Ao corrigir o desenho acima, o aluno vê o erro como algo natural
e apenas age para fazer com que a casa tome uma forma mais agradável.
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